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O Banco Central anunciou que planeja lançar em 2024 a moeda virtual brasileira: o Real Digital. O produto não é novidade pelo mundo, já que 80% dos Bancos Centrais no exterior estão desenvolvendo moedas digitais.

 

Mas será o fim do dinheiro em espécie? Será possível trocar o Real Digital por cédulas? Nós reunimos neste artigo tudo que se sabe sobre a moeda virtual brasileira. Confira a seguir!

 

Antes de tudo, o que é uma moeda digital?

 

Uma moeda digital também é conhecida pela sigla CBDC (Central Bank Digital Currencies). Ela é emitida pelo Banco Central de cada país e funciona como a versão online da moeda de uma nação. Assim como o dinheiro em espécie, a moeda virtual serve para fazer compras, pagamentos, transferências e investimentos.  

 

A moeda digital é diferente de uma criptomoeda. Uma CBDC é emitida pelo Banco Central e distribuída pelo órgão e outras instituições financeiras e de pagamentos regulamentadas. O Bitcoin e outras criptomoedas não são emitidas e distribuídas por um governo ou banco central específico. Além disso, a natureza dos “crypto assets” é de ativos, não se constituindo como meio de troca, reserva de valor e unidade de conta.

 

Apesar de apenas 3% das transações financeiras no país serem realizadas com dinheiro físico, o surgimento da moeda virtual não significa o fim do dinheiro em espécie. A alternativa é uma nova opção de fazer e realizar transferências que envolvem dinheiro. Afinal, apenas em 2022 foram transferidos R$ 10,9 trilhões via Pix, e outros R$ 40,7 trilhões através de TED.

 

Qual a diferença da moeda digital para o real em espécie?

 

O Real Digital é a primeira moeda virtual oficial do Brasil, produzida, regulada e distribuída pelo Banco Central. 

 

A moeda online seguirá as regras vigentes na política monetária brasileira e existirá apenas no ambiente virtual. Com o futuro lançamento do real digital, o BC espera diminuir os custos de operações bancárias e da emissão de papel-moeda.

 

Quais as vantagens da moeda virtual?

 

O Real Digital permite a integração com os sistemas de pagamentos atuais. Assim, é possível fazer operações financeiras sem acesso à internet. Isso é possível porque a CBDC pode ser armazenada em uma carteira virtual – aplicativo disponível em smartphones. 

 

Além de reduzir a emissão de papel-moeda, a moeda virtual pode ser usada em outros países, através da conexão com outros bancos centrais no mundo. Outra aposta do BC para a criação do real digital é que a moeda virtual possa inibir a lavagem de dinheiro e estimular a concorrência no ambiente digital.

 

A partir de quando poderemos usar o Real Digital?

 

Durante participação em evento com investidores, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, adiantou que o projeto-piloto para implementação do Real Digital deve se iniciar ainda no primeiro semestre de 2023. 

 

A expectativa do mandatário é promover, ainda neste ano, a integração entre a moeda virtual, o Pix e o Open Banking, contribuindo para o aumento na digitalização dos serviços financeiros.

 

Segundo o BC, o uso do Real Digital será “transparente”, podendo ser convertido para qualquer outra forma de pagamento hoje disponível – como depósito bancário convencional ou em real físico – e também poderá ser utilizado para pagamentos do dia a dia.

 

De acordo com a entidade, o foco neste primeiro momento é o uso doméstico da moeda digital, em território nacional. Porém, discussões sobre transações internacionais têm ganhado força e não podem ser descartadas para o futuro.

 

O que você achou da novidade?

 

O Real Digital é mais uma evolução do sistema financeiro brasileiro, e poderá representar uma grande transformação na economia nacional, com mais serviços digitais e novas opções.

 

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Leia também:PIX Parcelado: Conheça esta nova modalidade de pagamentos

 

Fontes: Boa Vista, Exame Invest, Banco Central do Brasil, Valor Econômico.

ACP

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