Melhorar a gestão financeira é questão de sobrevivência, afinal a falta de controle nas finanças pode levar sua empresa à falência.
Segundo um levantamento do Sebrae, as principais causas de mortalidade das empresas são:
- Ausência de informações sobre o mercado
- Planejamento incompleto
- Falta de rigor no acompanhamento de despesas e receitas
- Escassez de estratégias contra desperdícios
- Produtos sem diferencial
- Baixo investimento em capacitação de equipe
Portanto, se o controle financeiro não é o seu forte, preste atenção às próximas linhas. Elas podem salvar a sua empresa.
O que é gestão financeira?
Gestão financeira é um conjunto de atividades que controla o uso de recursos econômicos. Seu objetivo é potencializar os ganhos de uma empresa e, para isso, uma série de análises, decisões e estratégias fazem parte desse controle.
Em outras palavras, o gerenciamento financeiro está relacionado à captação, manutenção e administração de bens.
Pensando nisso, você saberia nos dizer como estão as finanças da sua empresa?
Onde você concentra seus investimentos? O que gera mais despesas? Quais pontos precisam de mais atenção para que a tomada de decisão leve ao sucesso?
Se você não sabe responder essas perguntas, então precisa melhorar a gestão financeira do seu negócio.
Erros mais comuns no controle financeiro
Quanto maior o controle financeiro de uma empresa, mais saudável ela é.
Administrando corretamente os recursos disponíveis, seu negócio poderá investir em novas ferramentas, aumentar a equipe, expandir o mercado, atualizar processos… Da criação à produção, todos os setores são impactados pela gestão financeira.
A responsabilidade é grande. Portanto, tome cuidado para não cometer os seguintes enganos:
Confundir as finanças da empresa com as finanças pessoais
Esse erro é bastante comum entre micro e pequenos empreendedores. Geralmente, o dinheiro ganho é utilizado tanto para pagar fornecedores, quanto as compras no supermercado. No final do mês, não se sabe qual foi o lucro da empresa e onde estão os gargalos. Em muitos casos, o empreendedor sequer define um salário para si mesmo. Não confunda pessoa física com pessoa jurídica. Aprenda a administrar essas duas instâncias separadamente.
Não ter um planejamento financeiro
Como controlar processos sem antes planejar o que será feito? O planejamento financeiro estabelece as metas e rotinas da empresa. Com ele, você poderá comparar o que foi estimado com o que foi realizado.
Não saber o valor patrimonial da empresa
Somando todos os bens e produtos da sua empresa, você saberia nos dizer quanto ela vale? Essa informação é crucial para avaliar o quanto seu negócio está crescendo e para projetar cenários de longo prazo.
Não registrar as transações efetuadas
Todas as compras e vendas precisam ser registradas, desde um simples clipes de papel à uma tecnologia de ponta. Sem um controle rigoroso, você não saberá onde estão seus gargalos e não poderá melhorar a gestão financeira.
Não saber calcular o preço de venda
Você sabe o quanto gasta para produzir o seu produto? Qual é a sua margem de lucro em cima disso? Ao realizar uma promoção, você costuma sair no prejuízo?
Muitos empreendedores definem o seu preço com base nos valores praticados pela concorrência. Ora, esse é o melhor método, pois a realidade do seu negócio é totalmente diferente da realidade do seu concorrente.
Calcule o seu preço de venda para aproveitar, ao máximo, a comercialização dos seus produtos e elaborar estratégias compatíveis com o seu negócio.
Não projetar o fluxo de caixa
Todo empreendedor sabe o quanto ele gastou hoje e o quanto gastará amanhã. Mas, uma projeção de custos e de receita de longo prazo facilita o planejamento e a definição de metas coerentes com o seu negócio.
Desconhecer o rendimento operacional
Por que alguns meses são melhores que os outros? Quais gastos sua empresa poderia evitar? O Demonstrativo do Resultado do Exercício (DRE) é uma ferramenta contábil que mostra essas informações. Com elas, você saberá o quanto lucrou nos últimos meses, de onde veio esse dinheiro, quanto saiu da empresa e onde essa grana foi parar.
Não controlar o estoque
Armazenar seus produtos gera custos. Logo, se você não controla a entrada e saída de produtos, não poderá otimizar as compras e reduzir gastos com o estoque.
Preferir processos manuais
Muitos empreendedores “controlam” seu dinheiro na caderneta. Outros, utilizam planilhas para registrar transações e gerar relatórios. Essas ferramentas são úteis, mas nem sempre eficazes. Em ambos os casos o controle financeiro é manual, o que toma tempo e sujeita sua empresa à falha humana.
Se você quer melhorar a gestão financeira, precisa automatizar seus processos. Hoje a tecnologia está bastante avançada. Robôs cada vez mais inteligentes registram, monitoram e analisam dados, gerando relatórios confiáveis e detalhados.
O que achou dessa lista?
Conseguiu identificar algum erro cometido pela sua empresa?
A consciência é o primeiro passo para a mudança. Depois de compreender quais são as suas dificuldades é hora de pensar nas soluções e melhorias!
7 dicas para melhorar a gestão financeira empresarial
Uma gestão financeira é eficiente quando:
- controla todas as entradas e saídas de recursos financeiros;
- diminui erros;
- agiliza processos;
- reduz custos.
Se você está com dificuldade em um ou mais itens dessa lista, então, precisa rever os seus processos. É por isso que nós indicamos:
1. Investir em tecnologia
Boa parte da gestão financeira pode ser automatizada, isto é, controlada com a ajuda de sistemas ERP e outras tecnologias. Essas ferramentas, além de facilitar todo o processo de armazenamento e controle de dados, facilitam a tomada de decisão.
2. Utilizar indicadores de desempenho
Monitorar os resultados é tão importante quanto traçar planos de ação — afinal, os dados colhidos pelos indicadores podem ser usados para:
- planejamentos futuros;
- ajustar os objetivos atuais;
- substituir ações ineficientes.
Na prática, alguns indicadores importantes ligados às vendas seriam: o ticket médio, taxa de conversão e o custo de aquisição de clientes.
Já aqueles que devem ser usados para monitorar as finanças propriamente ditas são: faturamento bruto, lucratividade, rentabilidade, nível de endividamento e margem operacional.
3. Estabelecer uma cultura forte na empresa
Outra dica importante é estabelecer uma cultura organizacional pautada na prestação de contas, principalmente se o gestor se mantém afastado dos processos operacionais. Os colaboradores precisam estar cientes de que cada ação que envolva a entrada ou saída de recursos precisa ser devidamente notificada. Os softwares, citados no primeiro tópico, auxiliam (e muito!) nessa tarefa.
4. Definir metas inteligentes
Metas inteligentes? O que isso significa? Para melhorar a gestão financeira, você precisa definir objetivos palpáveis, isto é, que podem ser atingidos e que, ao mesmo tempo são desafiadores.
Nesse caso, aposte no método SMART, que traz as cinco características que uma meta deve ter:
- specific: específica;
- measurable: possível de ser medida;
- attainable: atingível;
- relevant: ter relevância;
- time-based: temporal.
5. Ter um bom planejamento estratégico
Nos erros mais comuns do controle financeiro apontamos a falta de um bom planejamento estratégico.
Mas, o que diferencia um planejamento bom de um planejamento ruim?
Anote no seu caderno:
- Visão estratégica: onde se quer chegar, em quanto tempo e quais recursos necessários para isso;
- Objetivos claros e concretos;
- Política de preços, descontos e promoções
- Perfil do cliente ideal
- Mercado de atuação
- Linha de produtos
Não se esqueça de acompanhar e, se necessário, adaptar o planejamento a fim praticar a melhoria contínua.
6. Controlar o fluxo de caixa
O fluxo de caixa é o registro das entradas e saídas de dinheiro do negócio. Seja qual for o tipo ou do porte da sua empresa, ele terá no mínimo cinco itens:
- saldo inicial: valor inicial sem qualquer comprometimento disponível em caixa;
- saídas de caixa: despesas ou retiradas do caixa;
- entradas de caixa: vendas à vista e quaisquer outros valores recebidos no período;
- saldo operacional: diferença entre o valor que entrou e o valor que saiu do caixa;
- saldo final de caixa: o valor do saldo inicial mais o do saldo operacional.
Ganhar mais do que se gasta é importante para manter o saldo e a saúde da empresa positivos. É aí que vemos a relevância de manter o controle desse registro.
7. Automatizar os processos de gestão financeira
Começamos este texto incentivando você a contar com o apoio da tecnologia. Isso não foi por acaso: a inovação está cada vez mais presente no dia a dia, inclusive no mundo dos negócios.
Investindo em um sistema de gestão ERP, você sentirá:
- Redução nos custos: novas tecnologias são sinônimo de agilidade. Quanto mais tempo você economizar, menos dinheiro está gastando;
- Aumento da produtividade: se as pessoas são o maior recursos de uma empresa, então, direcione seus esforços para atividades que valorizem seu potencial criativo e estratégico;
- Aprimoramento da análise de dados: softwares de gestão oferecem relatórios completos, permitindo um maior entendimento das finanças.
A importância de um sistema de gestão no controle financeiro
Adotar um software de gestão é a resposta para quem deseja melhorar a gestão financeira. Com ele é possível:
- respeitar as normas tributárias vigentes;
- emitir notas fiscais com facilidade;
- controlar o estoque;
- reduzir custos e aumentar os lucros.
A gestão financeira do negócio deve ser uma das prioridades do empreendedor. Ela permite o monitoramento do capital para a tomada decisões importantes, que podem afetar o destino da empresa.
Você está pronto para a mudança?