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Você já conhece a sigla ESG? Ela se originou do conceito “Environmental, Social and Governance”, que pode ser traduzido como “Ambiental, Social e Governança”

 

A seguir, você conhece mais sobre o tema e como ele impacta na credibilidade dos negócios. Boa leitura!

 

Origem do conceito ESG

 

O conceito “ESG” foi usado pela primeira vez em 2004, em publicação da Organização das Nações Unidas (ONU) em parceria com o Banco Mundial. Intitulado “Who Cares Wins”, o relatório trazia à tona a importância em integrar fatores sociais, ambientais e de governança no mercado de capitais.

 

Sua proposta é definir ações a serem colocadas em prática pelas empresas para solucionar desafios nas três áreas, seguindo os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU. Entre eles: “Indústria, inovação e infraestrutura”, “trabalho decente e crescimento econômico”, “redução das desigualdades”, “consumo e produção responsáveis”, “ação contra a mudança global do clima”, entre outras. E, assim, contribuir para a construção de um mercado financeiro mais forte e sustentável.

 

E engana-se quem pensa que “sustentabilidade” aqui significa apenas ações em prol do meio-ambiente. O ESG engloba ações para “sustentabilidade empresarial”, envolvendo as áreas de direitos humanos, trabalho, esforços anticorrupção e, claro, ambientais. 

 

Objetivos do ESG

 

Empresas alinhadas aos processos ESG reconhecem que os lucros devem sempre caminhar juntos da responsabilidade social, administrativa e com o meio ambiente. Desta forma, devem se manter em constante análise de seus fatores positivos e negativos nas áreas chaves do conceito. 

 

Segundo James Gifford, um dos economistas que lideraram o desenvolvimento do ESG na ONU:

 

“O ESG é apenas um subgrupo inserido no contexto maior do investimento sustentável. O termo foi criado, especificamente, para focar em questões materiais. Se você tem uma responsabilidade fiduciária, como no caso de um fundo de pensão, não deveria estar pensando num horizonte de nove meses, mas sim de nove anos, ou de 20 anos. E quando se considera esse horizonte, temas como mudanças climáticas, riscos sociopolíticos, etc., se tornam relevantes. Algumas pessoas usam o termo de maneira mais ampla, mas o ponto central é a incorporação de fatores socioambientais nos investimentos para gerenciar riscos.”

 

Ou seja, é preciso partir do princípio de que uma empresa, de qualquer porte ou segmento, não está isolada dos impactos e responsabilidades na sociedade onde está inserida – tanto nas áreas externas (como impactos de suas operações no meio ambiente), como também na esfera interna (o bem-estar de suas equipes e criação de políticas de ouvidoria para denúncias de condutas impróprias, por exemplo).

 

De forma resumida, podemos apontar como temas alinhados ao conceito – e que devem ser observados com maior atenção pelas empresas:

 

  • Aquecimento global e emissão de carbono;
  • Poluição do ar e da água;
  • Biodiversidade;
  • Desmatamento;
  • Eficiência energética;
  • Gestão de resíduos;
  • Satisfação dos clientes;
  • Proteção de dados e privacidade;
  • Diversidade da equipe;
  • Engajamento dos funcionários;
  • Relacionamento com a comunidade;
  • Respeito aos direitos humanos e às leis trabalhistas.
  • Estruturação de comitês de auditoria e ouvidoria;
  • Conduta corporativa;
  • Relação com entidades do governo e políticos;

 

E em um período em que a opinião pública ganha ainda mais canais de expressão (em razão, principalmente, das redes sociais), estar alinhado a práticas sustentáveis pode ter grande impacto na credibilidade de uma empresa perante a sociedade.

 

Por que as empresas aplicam práticas ESG em suas operações?

 

A necessidade de responsabilidade socioambiental vem se consolidando cada vez mais entre gestores e investidores de empresas. 

 

Segundo dados do Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3 (a Bolsa de Valores brasileira), 83% das grandes empresas do país possuem processos de integração dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável às suas estratégias, metas e resultados.

 

Ao mesmo tempo em que as companhias impactam a sociedade onde estão inseridas, também são pressionadas a adotar práticas éticas pelos seus Stakeholders. O termo engloba todas os públicos de interesse para uma empresa – entre eles, acionistas, fornecedores, colaboradores, clientes e comunidade. 

 

E se alinhar às necessidades desses públicos através de ações sustentáveis é mais do que apenas “agradar” a opinião pública. Através do conceito ESG, as empresas podem se tornar mais competitivas, reduzir custos e riscos em meio às incertezas do mercado. Sobretudo nas empresas de capital aberto ou startups em busca de investimento, boas práticas de ESG podem fazer toda a diferença em sua cotação de mercado, por exemplo.

 

Assim, vivemos em um momento de mudança no paradigma de negócios: o impacto positivo de como a empresa é vista, com seus valores e propósitos, são tão importantes quanto seus resultados financeiros.

 

Como estruturar políticas de ESG no seu negócio?

 

Para iniciar a adoção de práticas empresariais mais sustentáveis, é importante seguir alguns pontos, entre eles:

 

  • Avaliar como a sua empresa impacta a sociedade atualmente. Como o seu produto, serviço ou atuação melhora a vida das pessoas que se relacionam com a sua marca?
  • Analisar de que forma é possível aprimorar a cultura corporativa, envolvendo e engajando colaboradores de todas as esferas em iniciativas sustentáveis.
  • Definir ações mais preventivas em relação às reativas – como as pequenas ações de hoje podem prevenir riscos ou problemas?
  • Adote medidas de impacto ambiental e social positivas – e defina indicadores para avaliar seu desempenho.
  • Investir, cada vez mais, no relacionamento com clientes, fornecedores e a comunidade, abrindo canais de comunicação acessíveis.
  • Implementar políticas de transparência claras e objetivas.
  • Compartilhar suas iniciativas voltadas para ESG com clientes, investidores e demais públicos de interesse em suas redes sociais, site da empresa, etc.

 

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Referências: Pacto Global da ONU, Exame, eCycle.

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